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19/05/2017 às 10h55m - Atualizado em 19/05/2017 às 14h07m

Secretaria de Saúde de Pernambuco gasta quase R$ 1 bilhão com acidentes de moto

Segundo o secretário Iran Costa, os custos totais com esse tipo de ocorrência representam quase o dobro de todo o orçamento da Universidade de Pernambuco.

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Os acidentes de moto são o principal problema de saúde de Pernambuco. A afirmação foi feita pelo secretário de Saúde do Estado, Iran Costa, durante a apresentação do Relatório de Gestão do setor referente ao último quadrimestre de 2016, em audiência pública da Comissão de Saúde, nesta quinta (18). Segundo o gestor, os custos totais com esse tipo de acidente representam quase o dobro de todo o orçamento da Universidade de Pernambuco (UPE).

“Em 2015, essa despesa chegou a R$ 917 milhões. Desse valor, cerca de R$ 500 milhões vêm do orçamento da Secretaria de Saúde. Para se fazer uma comparação, o Governo gasta R$ 380 milhões por ano com a UPE”, ressaltou Costa. Segundo ele, são mais de 700 mortes e mais de três mil pessoas mutiladas a cada ano. “São números alarmantes, mas a atuação que a Secretaria de Saúde pode ter é apenas a de atender os acidentados. Para mudar isso, é preciso uma reação forte da sociedade, além de alterações na legislação de trânsito”, declarou.

Para o secretário, a fiscalização de medidas simples de segurança pode provocar uma mudança nesse quadro. “Apenas o uso de sapatos, roupas e equipamentos adequados pode fazer muita diferença”, considerou. “Uma proposta mais ousada seria determinar que cada moto circulasse apenas com uma pessoa. Foi algo que deu certo na Colômbia”, sugeriu. O deputado Eduíno Brito (PP), presente na reunião, sugeriu a criação de um gabinete de crise para os acidentes de trânsito. “Precisamos integrar toda a cadeia do Governo do Estado em um monitoramento diário das ocorrências”, apontou.

Investimento

Outro tema tratado na reunião foi o balanço dos gastos com saúde em 2016. Com a consolidação dos dados dos últimos quatro meses do ano passado, as despesas liquidadas chegaram a R$ 2,7 bilhões, havendo aumento de 1% em relação ao valor investido em 2015. Mas, com relação ao percentual do orçamento aplicado, houve uma diminuição de 16,2%, em 2015, para 15%, em 2016.

“É o oitavo ano consecutivo em que investimos mais de 15% em saúde, quando o mínimo constitucional é de 12%. Somos o Estado que mais aplica, proporcionalmente, no Nordeste e, todo ano, sempre estamos, pelo menos, entre os cinco que mais investem no Brasil”, pontuou o secretário. “O que mais fizemos em 2015 e 2016 foi racionalizar gastos. Isso em um cenário em que a União investe cada vez menos, como tem ocorrido nos últimos 20 anos”, avaliou.

A presidente da Comissão de Saúde da Alepe, deputada Roberta Arraes (PSB), elogiou a postura de Iran Costa. “Cuidar da saúde não é fácil, mas o secretário, com sua equipe preparada e sem tantos recursos, tem feito a sua parte”, frisou a parlamentar.

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