Vem para ubafibra | Ubannet (81) 3631-5600

24/05/2023 às 07h55m - Atualizado em 24/05/2023 às 08h35m

Zona da Mata: Corrupção, agiotagem e lavagem de dinheiro: operação da Polícia Federal e Controladoria Geral da União investiga irregularidades na prefeitura de Água Preta

Investigação também coletou evidências de utilização de contas de 'laranjas', empresas fantasmas e de postos de gasolina para movimentar dinheiro desviado dos cofres públicos.

policia-federal

Nesta terça-feira (23), a Polícia Federal (PF) cumpre 27 mandados de busca e apreensão no Recife e em outras oito cidades de Pernambuco na investigação que apura um esquema de corrupção na Prefeitura de Água Preta, na Mata Sul. Agentes públicos, servidores e empresários são suspeitos de cometer os crimes de desvio de recursos públicos, sonegação, fraudes em licitação, lavagem de dinheiro, agiotagem, entre outros. 

O inquérito aponta que o atual prefeito teria contratado emergencialmente uma empresa de serviços de manutenção mecânica e elétrica para os veículos do município. No entanto, o que chamou atenção foi que, mesmo com várias empresas do segmento na região, a escolhida está localizada em Jaboatão dos Guararapes, a cerca de 110 km da cidade.

Também foi apurado que o gestor praticava agiotagem e tinha uma relação estreita com o empresário apontado. A empresa teria sido contratada com indícios de fraude na licitação e superfaturamento nos acordos. Ainda foi observado que o fornecedor pagou as despesas com passagens aéreas internacionais em classe executiva para o prefeito e a esposa, que ocupa uma das secretarias do município. De acordo com a PF, a relação contratual permanece vigente. 

A investigação identificou evidência de que o dinheiro desviado era movimentado por contas de "laranjas", empresas fantasmas e de postos de gasolina. O principal alvo não foi confirmado pela PF, mas seria o prefeito de Água Preta, Noé Magalhães (PSB), casado com Dani Lyra, atual gestora da Secretaria de Desenvolvimento Social da cidade.  

A Receita Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) também participaram da Operação Dilúvio. Foram empregados 140 policiais federais, além de servidores da Receita Federal e da CGU para cumprir as 27 ordens judiciais em Água Preta, Cabo de Santo Agostinho, Catende, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Palmares, Paulista, Recife e Tamandaré, locais da residências dos suspeitos. Caso condenados, os envolvidos podem receber penas que ultrapassam 40 anos de reclusão. 

 

Comentários

Comentário pelo Facebok
Outros comentário

Outras notícias