30/05/2025 às 00h35m - Atualizado em 30/05/2025 às 07h46m
Violência: Pernambuco tem a 4ª maior taxa de mortes do País, aponta Ministério da Justiça
Com 34,76 óbitos por 100 mil habitantes, Estado só perde para Amapá, Bahia e Alagoas. 1.108 mortes foram registradas em Pernambuco entre janeiro e abril deste ano.
Pernambuco mantém uma das maiores taxas de mortes violentas intencionais do País, segundo levantamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Com 34,76 óbitos por 100 mil habitantes, Estado ficou em 4º lugar no ranking, perdendo apenas para Amapá, Bahia e Alagoas.
As estatísticas, disponíveis publicamente no site do MJSP, são referentes ao primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024. No recorte estão incluídos os homicídios dolosos, latrocínios, feminicídios, lesões corporais seguidas de morte e os óbitos decorrentes de ações policiais.
Em Pernambuco, 1.108 mortes foram somadas pela polícia entre janeiro e abril deste ano. A redução foi de 15,42% em relação ao primeiro quadrimestre de 2024, quando 1.311 pessoas perderam a vida para a violência.
Mesmo com uma sequência de reduções observadas entre maio de 2024 e abril de 2025 (com exceção de outubro), Pernambuco continua como o 3º Estado com maior quantidade de mortes no primeiro quadrimestre, perdendo para Bahia (1.951) e Rio de Janeiro (1.207). Os números reforçam o desafio da polícia pernambucana em diminuir os crimes contra a vida - sobretudo desarticulando os grupos especializados no tráfico de drogas.
Avaliando as taxas, observa-se que o Amapá vive cenário mais preocupante. O número de mortes no período foi de 54,31 por 100 mil habitantes. Com apenas 16 municípios, o Estado vive nos últimos anos uma forte guerra entre facções rivais pelo controle do Porto de Santana para escoamento de drogas. Além disso, os números cresceram por causa dos óbitos decorrentes de ações da polícia.
A Bahia, com 39,36 mortes por 100 mil habitantes, aparece em 2º lugar no País. A disputa entre facções e os casos de violência policial estão relacionados à alta taxa. Para se ter uma ideia, 516 óbitos (26,4%) ocorreram por intervenção das forças de segurança no primeiro quadrimestre.
Já Alagoas, com 34,84 mortes por 100 mil habitantes, aparece em 3º lugar. E a maioria dos crimes contra a vida tem relação disputas de grupos pelo domínio do tráfico de drogas e outras atividades criminais.