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02/10/2018 às 10h26m - Atualizado em 03/10/2018 às 08h20m

Homem morre após ser picado por cobra cascavel no Recife

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, este foi o quarto óbito registrado este ano por causa de acidente com serpente venenosa.

cobra_cascavel

Um homem de 26 anos morreu no Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife, após ser picado por uma cobra cascavel. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES), este foi o quarto óbito registrado em 2018 em decorrência de acidente com serpentes venenosas.

Segundo a coordenadora de Acidentes com Animais Peçonhentos da SES, Raylene Medeiros, Elielson da Silva Oliveira foi picado na mão esquerda, no Recife.

A vítima deu entrada no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, na Região Metropolitana, na sexta-feira (28), e, horas depois, teve que ser transferido para o HR, referência em tratamentos desse tipo. O óbito ocorreu no domingo (30).

Segundo Rylene, o paciente chegou consciente e andando ao hospital. Após exames, ficou constatado que ele tinha sido atacado por uma serpente e, por isso, os médicos administraram 10 ampolas de soro específico.

“O tratamento foi adequado. Infelizmente, o quadro do paciente se agravou rapidamente, provocando a morte”, declarou.

A coordenadora de Acidente com Animais Peçonhentos da SES disse, ainda, que a evolução do quadro de saúde de vítimas de picada de cobra depende de algumas questões, como a quantidade de veneno inoculado e o tipo de serpente.

“Em Pernambuco, acidentes com cascavel, que é uma cobra agressiva, ficam em segundo lugar na lista dos mais comuns. A primeira posição é de casos de picada de jararaca”, afirmou.

Estatísticas

Até o dia 20 de setembro deste ano, ocorreram 501 acidentes com serpentes em Pernambuco. Em 2017, foram notificados 620 casos. Nos seis primeiros meses de 2018, houve 322 casos atendidos pelo Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox).

No mesmo período do ano passado, foram 307 ocorrências registradas pelo Ceatox. O aumento foi de 4%, no semestre. O governo do estado destaca que as principais vítimas desse tipo de picada são adultos entre 20 e 39 anos.

Socorro

Em Pernambuco, o antídoto é disponibilizado no Recife (Hospital da Restauração), Caruaru (Hospital Mestre Vitalino), Arcoverde (Hospital Ruy de Barros Correia), Serra Talhada (Hospital Prof. Agamenon Magalhães), Salgueiro (Hospital Inácio de Sá), Ouricuri (Hospital Fernando Bezerra) e Petrolina (Hospital Universitário).

Ceatox

O trabalho do Ceatox é auxiliar profissionais de saúde na conduta com pacientes que tiveram algum acidente com animais peçonhentos ou intoxicações exógenas. O 0800 também está disponível para tirar dúvidas da população. O serviço funciona 24 horas por dia.

Como evitar acidentes com animais peçonhentos

  • No amanhecer e no entardecer, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é nesse momento que serpentes estão em maior atividade.
  • Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local competente para a remoção.
  • Inspecionar calçados, roupas, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, panos de chão e tapetes antes de usá-los.
  • Afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários.
  • Não depositar ou acumular lixo, entulho e materiais de construção junto às habitações
  • Evitar que plantas trepadeiras se encostem às casas e que folhagens entrem pelo telhado ou pelo forro.
  • Não montar acampamento próximo a áreas onde normalmente há roedores (plantações, pastos ou matos) e, por conseguinte, maior número de serpentes.
  • Evitar piquenique às margens de rios, lagos ou lagoas, e não encostar-se a barrancos durante pescarias ou outras atividades.
  • Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede e terrenos baldios (sempre com uso de EPI).
  • Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés.
  • Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos.
  • Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros;
  • Controlar roedores existentes na área e combater insetos, principalmente baratas (são alimentos para escorpiões e aranhas).
  • Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto, e procure a autoridade de saúde local para orientações.

 O que fazer em caso de acidente

  • Procure atendimento médico imediatamente.
  • Informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como: tipo de animal, cor, tamanho, entre outras.
  • Se possível, e caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão (exceto em acidentes por águas-vivas ou caravelas), mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro.
  • Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados.
  • Não amarre (torniquete) o membro acometido e, muito menos, corte e/ou aplique qualquer tipo de substancia (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada.
  • Especificamente em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas, primeiramente, para alívio da dor inicial, use compressas geladas de água do mar. A remoção dos tentáculos aderidos à pele deve ser realizada de forma cuidadosa, preferencialmente com uso de pinça ou lâmina. Procure assistência médica para avaliação clínica do envenenamento e, se necessário, realização de tratamento complementar.
  • Não tente “chupar o veneno”, essa ação apenas aumenta as chances de infecção local.

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