22/10/2025 às 05h41m - Atualizado em 22/10/2025 às 06h39m
AVC mata uma pessoa a cada seis minutos no Brasil, aponta relatório
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, é uma das principais causas de morte e incapacidade física em todo o mundo.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, é uma das principais causas de morte e incapacidade física em todo o mundo. De acordo com dados da consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares, Planisa, no Brasil, uma pessoa morre a cada 6,5 minutos devido ao AVC.
Os números também evidenciam os elevados custos hospitalares relacionados ao tratamento dessa condição no sistema de saúde brasileiro. Entre 2019 e setembro de 2024, foram registradas 85.839 internações, com uma média de 7,9 dias de permanência por paciente, totalizando mais de 680 mil diárias hospitalares. Desse total, 25% ocorreram em unidades de terapia intensiva (UTI) e 75% em enfermarias.
Durante esse período, os gastos chegaram a R$ 910,3 milhões, sendo R$ 417,9 milhões com diárias de UTI e R$ 492,4 milhões em diárias de enfermaria. Somente em 2024, até setembro, o valor ultrapassou R$ 197 milhões. O estudo revela que os custos cresceram constantemente ao longo dos anos, praticamente dobrando de 2019 a 2023, de R$ 92,3 milhões para R$ 218,8 milhões. Esse aumento acompanha o crescimento no número de internações por AVC, que subiu de 8.380 em 2019 para 21.061 em 2023.
O Ministério da Saúde explica que o AVC ocorre quando os vasos sanguíneos que irrigam o cérebro ficam obstruídos ou se rompem, impedindo a circulação sanguínea em uma área do cérebro e causando paralisia. A condição atinge com maior frequência os homens e, quanto mais cedo for feito o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de recuperação.
O Ministério destaca a importância de estar atento a sinais como: confusão mental, dificuldade de fala e compreensão, alterações na visão (em um ou ambos os olhos), dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente, perda de equilíbrio, tontura, alteração na marcha e fraqueza ou formigamento de um lado do corpo.
O diagnóstico do AVC é realizado por meio de exames de imagem, que ajudam a identificar a área afetada do cérebro e o tipo de derrame – isquêmico ou hemorrágico. A tomografia computadorizada de crânio é o exame mais utilizado, pois detecta rapidamente sinais de isquemia.
Os fatores de risco para o AVC incluem hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol elevado, sobrepeso, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, idade avançada, sedentarismo, uso de drogas ilícitas e histórico familiar, além de o sexo masculino ser um fator de risco adicional.