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23/10/2020 às 07h15m - Atualizado em 23/10/2020 às 07h37m

Sindicato dos Professores da Rede Particular entra na Justiça para suspender aulas presencias após infecções de estudantes de escolas privadas

Professores da rede privada estão aflitos com a situação; duas escolas particulares do Recife suspenderam as aulas após estudantes serem infectados

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Depois de casos de covid-19 serem confirmados em alunos de duas escolas particulares do Recife, professores da rede privada estão ainda mais inseguros com o retorno às atividades presenciais. Diante dessa situação, o Sindicato dos Professores da Rede Particular (Sinpro) entrou com agravo regimental na Justiça para suspender as aulas presenciais.

No dia 6 de outubro, a Justiça do Trabalho suspendeu a reabertura dos colégios, a pedido do Sinpro. No entanto, no dia 8 do mesmo mês, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª região (TRT6), desembargador Valdir Carvalho, acolheu os argumentos apresentados pelo Governo Estadual e tornou sem efeito a decisão tomada pela Justiça do Trabalho.

“O Sinpro continua atendendo e seguindo a orientação da categoria que é fazer a fiscalização permanente das escolas para ver a aplicação dos protocolos. Por entender que ainda não é o momento [para retorno], nós ingressamos com um agravo regimental no Tribunal de Justiça do Trabalho porque a decisão do presidente foi monocrática, em relação à nossa liminar do dia 5. Vamos aguardar a decisão do pleno do tribunal”, afirmou o presidente do Sinpro, Helmilton Bezerra, em referência à decisão do desembargador Valdir Carvalho.

Segundo o presidente, o sindicato acrescentou ao agravo argumentações de especialistas questionando a volta às aulas presenciais, além dos casos de infecções de estudantes.

Professor Helmilton Bezerra demonstra preocupação após os casos registrados em escolas de grande porte do Recife. “Nossa rede não é linear. Nem a rede privada. Esses dois acontecimentos se deram em escolas grandes. A Escola Passo e o Damas são grandes, com estrutura física e arquitetônica adequada. Imagine isso [o protocolo] aplicado a escolas médias e pequenas das periferias?”, questionou.

Na avaliação do presidente do Sinpro, o argumento de que as crianças e adolescentes estão frequentando outros espaços não é válido. “Não é o momento. Não dá para dizer, como se tem feito uma narrativa: ‘os meninos estão indo pra o shopping, pra praia, pras ruas’. Isso é optativo. Ninguém tem obrigação de estar nesses espaços. E quando as crianças e os adolescentes estão lá, estão, na maioria das vezes, com seus pais”, apontou o presidente.

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