25/10/2025 às 05h22m - Atualizado em 27/10/2025 às 19h54m
Após críticas, Governo de Pernambuco suspende sorteio para ingresso em Escolas Técnicas
Segundo a Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE), a medida visava garantir equidade no acesso às vagas e ampliar a oportunidade de educação profissional para todos os estudantes.

A Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE) anunciou que o processo seletivo das Escolas Técnicas Estaduais (ETEs) seria realizado por meio de sorteio público eletrônico.
O edital lançado oferecia 9.891 vagas em 29 cursos técnicos na forma de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, em jornada integral, com inscrições de 28 de outubro a 7 de novembro, pelo site www.educacao.pe.gov.br.
Segundo a secretaria, a medida buscava "garantir equidade na distribuição das vagas, promovendo o acesso de estudantes oriundos de todas as redes de ensino à educação profissional de qualidade”.
No entanto, a decisão gerou forte reação contrária à novidade. Em uma publicação nas redes sociais da SEE, que já acumula mais de 10,3 mil comentários, alunos e professores afirmaram que a mudança no formato de ingresso deveria ter passado por uma consulta pública.
Questionada nesta sexta-feira (24) pela coluna Enem e Educação, a pasta informou que voltará atrás e manterá a prova de admissão como forma de ingresso.
O processo seletivo para as ETEs vem sendo realizado em etapa única, composta por uma prova objetiva de caráter eliminatório e classificatório. A avaliação contém 20 questões de múltipla escolha, abrangendo conteúdos das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.
Uma estudante pernambucana, que não quis ser identificada, afirmou ter se sentindo injustiçada com a decisão do Governo de Pernambuco em mudar o processo para sorteio eletrônico. "Passei um ano e meio estudando — me dedicando todos os dias, abrindo mão de lazer, sono e tempo com a minha família — para conseguir uma vaga. Eu não estudava apenas para passar, mas para ter base suficiente para me manter dentro da ETE e aproveitar ao máximo essa oportunidade", declarou.
"Agora, tudo isso foi jogado fora. Enquanto alguns alunos se esforçaram e sonharam com essa chance, outros que nunca abriram o caderno poderão entrar simplesmente por “sorte”. Isso não é inclusão — isso é injustiça", completou a jovem.


