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27/03/2022 às 07h29m - Atualizado em 27/03/2022 às 10h29m

Mulher finge ser autista para não usar máscara em shopping de Recife

Natasha Borges publicou um vídeo nas redes sociais em que relata como burlou a norma do estabelecimento; em posts, ela comparou a máscara a uma focinheira

shopping_riomar 

A bióloga Natasha Borges fingiu ser autista para não utilizar a máscara de proteção exigida pelo Shopping RioMar, na zona sul de Recife. O episódio aconteceu na quarta-feira, 23, e ganhou repercussão após ela publicar um vídeo nas redes sociais em que relata como burlou as normas do estabelecimento.

Eu vim em uma reunião aqui no RioMar e fiquei sem máscara o tempo inteiro. Um segurança veio me perguntar: "moça, tem como colocar a máscara?". E eu falei: "Não, porque eu sou autista", disse ela sorridente.

A mulher completou que “está mundo doido, a gente se faz de doido também”. Em uma das publicações ela compara o item de segurança a uma focinheira.

"Diga que você é autista e para de usar a focinheira. É melhor ser autista que ser cachorro", escreveu.

Além das críticas por incentivar o abandono do uso do equipamento de proteção individual, Natasha foi chamada de preconceituosa. O influenciador potiguar Ivan Baron denunciou a atitude da pernambucana.

"Não dá mais para tolerar gente querendo criar fama em cima de práticas capacitistas. Esse vídeo dessa moça é gravíssimo e só mostra o quanto pessoas neuroatípicas são desrespeitadas", escreveu nas redes.

Em relação às críticas, Natasha disse que não tem preconceito e que faltou caridade e interpretação das pessoas.

"Poderia ser qualquer outra coisa. Se fosse máscara proibida para diabético, eu falaria que sou diabética para não usar", disse, indignada - Pediria desculpas se fosse preconceituosa, não sou - completou.

De acordo com o relato de Natasha Borges, ela foi ao shopping para uma reunião e depois passeou em algumas lojas. Em nenhum momento, utilizou a máscara.

Com a repercussão do caso, o shopping se pronunciou em nota:

"O RioMar Recife repudia quem usa de uma causa justa e coletiva para obter vantagens individuais. Quanto ao caso em questão, após afirmar que era autista, o nosso segurança partiu do pressuposto da boa-fé solicitando a presença de um acompanhante, com uma abordagem educativa, uma vez que não temos poder de polícia. Por fim, o uso obrigatório de máscara atende ao protocolo de vigilância sanitária do Governo do Estado de Pernambuco, conforme determina a lei estadual 16.918 de 18 de junho de 2020. ”

O GLOBO 

 

 

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