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29/05/2017 às 14h32m - Atualizado em 31/05/2017 às 02h30m

Em Palmares, muita lama e disputa por comida em lixo de supermercado

Situação é mais grave nos bairros Santo Antônio e Cohab, que ficam perto do Rio

m Palmares, também na Mata Sul, eram grandes os danos da chuva registrados nesta segunda-feira (29). A situação é pior nos bairros Santo Antônio e Cohab, que ficam perto do rio. Por vários trechos da cidade há muita lama dentro das casas, mas não há registro de desabamentos ou pessoas desaparecidas ou ilhadas.

No Centro da cidade dezenas de pessoas disputam comida descartada por um supermercado como lixo. Sacos de feijão, arroz, macarrão, leite, tudo sujo de lama. "A gente limpa com um paninho", disse uma das moradoras. Passam pessoas com carro de mão, bicicleta, alguns pegaram sacos com 20 pacotes de macarrão.

O gabinete de crise da cidade foi instalado às margens da BR. Perto do meio dia o Governador Paulo Câmara chegou à cidade, acompanhado do vice Raul Henry, do presidente da Compesa Roberto tavares, de Marcelo Canuto, da Casa Civil, Milton Mota da agricultura, coronel Mário Cavalcanti, secretário de Recursos Hídricos.

Recomeço
Com a baixa no nível das águas, a população começa o processo de limpeza das casas e comércios para tentar retomar a vida.

Foi o que fez na manhã desta segunda-feira (29) a recepcionista Leila Jonas de Oliveira, que iniciou o trabalho de limpeza da Policlínica Dilson Siqueira de Assunção, onde trabalha.

O local recebe diariamente 45 pessoas e está fechada temporariamente após receber 70 centímetros de água. Na lista do prejuízo, móveis, computadores e materiais de escritório e de limpeza.

“Nós estamos trabalhando para voltar às atividades na quarta-feira. A gente tá fazendo de tudo para voltar o mais rápido possível”, afirmou Leila Oliveira.

Tudo perdido
Dona Maria José vive em Palmares há 20 anos. É viúva e vive com dois filhos em uma casa que foi atingida pelas chuvas. Tudo, exceto a televisão e as roupas da família, foi perdido para a enchente. "Tenho câncer, hepatite C e lupus. Estou em tratamento no Recife, mas não consegui ir hoje", diz. A casa está sem energia e embora fique longe do rio, foi atingida pela água que sobe por bueiros. "É prejuízo demais", desabafa.

Da Folha de Pernambuco

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