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15/08/2019 às 23h31m - Atualizado em 16/08/2019 às 07h42m

Dois garimpeiros morrem após desabamento de mina ilegal na Bahia

Três mil garimpeiros atuam no local mesmo após proibição de Agência Nacional de Mineração

garimpo

Dois garimpeiros morreram após o desabamento de uma mina ilegal de ametistas em Sento Sé, no norte da Bahia, na noite desta quarta-feira (14). A mina está dentro de um parque ambiental federal e vem sendo explorada desde 2017. Segundo a Polícia Civil, havia dois homens dentro do buraco, quando parte do barranco cedeu, caindo por cima deles. Outros dois homens trabalhavam do lado de fora, mas não tiveram ferimentos.

As vítimas são Jefferson Araújo da Silva, 20, que morreu no local, e Marcos André Ribeiro Martins, 42, que ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Ele morreu no Hospital Municipal Dr Heiro, em Sento Sé, devido a uma hemorragia interna. O delegado Felipe Bezerra informou que estava ouvindo duas pessoas sobre o caso na manhã desta quinta (15) e por isso não poderia dar mais detalhes sobre o assunto. Equipes da polícia foram ao local para investigar como ocorreu o acidente.

A mina fica localizada numa área do povoado de Quixaba, a 62 km da cidade, dentro da área do Parque Nacional do Boqueirão da Onça (851 hectares). Outros dois garimpeiros morreram no local, devido a acidente com explosivos, em 20 de agosto de 2017. Na mina, segundo a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros do Município de Sento Sé, há cerca de 3 mil garimpeiros, que atuam mesmo após a interdição por parte da Agência Nacional de Mineração (ANM).

Presidente da cooperativa, Etevaldo Evangelista de França informou que as vítimas moravam no povoado de Quixaba, mas  não soube informar se são casados ou têm filhos. França informou que no buraco onde os garimpeiros estavam havia um alerta para que não fosse explorado até que fosse feita uma estrutura para evitar o desabamento de barrancos.

“Esse buraco já tinha sido muito mexido e havia esse alerta para não entrar mais lá”, afirmou França. Ainda segundo ele, os garimpeiros trabalhavam para uma pessoa que era “dona” do local. “Eles trabalham uma semana para a pessoa e depois tiravam uns dias para a produção própria deles. Ontem, eles estavam fazendo esse trabalho de tirar a própria produção”, contou França.

Sobre possíveis responsabilizações para a morte dos garimpeiros, França disse que é difícil que alguém seja apontado porque “todo mundo está lá por sua própria conta e risco”.

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