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28/10/2020 às 13h36m - Atualizado em 28/10/2020 às 14h08m

Cresce ocupação de leitos de enfermaria e de UTI para a Covid-19 na rede pública em Pernambuco

Em 18 de outubro, taxa de ocupação de enfermarias era de 38%. Nesta terça (27), chegou a 46%. Nas UTIs, havia doentes em 65% dos leitos, na quarta (21), e em 75%, nesta terça.

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A ocupação de leitos para pacientes com a Covid-19 teve aumento em Pernambuco. Um levantamento feito pela TV Globo mostra que há, atualmente, mais doentes em enfermarias e em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) públicas do que há uma sema. 

Pernambuco tem, hoje, 933 leitos de enfermaria e 785 de UTI na rede pública, de acordo com o estado. Segundo análise de dados publicados nos boletins da Covid-19 pelo governo, no domingo (18), a taxa de ocupação das enfermarias era de 38%.

O documento divulgado pelo governo, na segunda (26), apontou que a ocupação desse tipo de leito chegou a 45%. Nesta terça (27), havia doentes em 46% das vagas, conforme o estado.

Nas UTIs, o aumento foi registrado desde a quarta-feira (21). Naquele dia, aponta o levantamento da TV Globo, a taxa de ocupação era de 65%.

No último boletim, de segunda, havia pacientes em 72% das vagas para esse tipo de tratamento. Nesta terça, a taxa atingiu a casa de 75%, segundo o estado.

Nesta terça, o governo divulgou a taxa de ocupação de leitos da rede privada. Após uma reunião entre o secretário estadual de Saúde, André Longo, e representantes dos hospitais particulares, no Recife, o estado informou que há 132 enfermarias para a Covid-19 e uma ocupação de 21%. Também são disponibilizadas 202 UTIs e 74% delas estavam ocupadas.

Depois da reunião, o presidente do Sindicato dos Hospitais de Pernambuco, Sindihospe, George Trigueiro, afirmou que as pessoas “estão procurando mais as emergências dos hospitais do que antes, quando estavam com mais medo”.

Segundo ele, no início da pandemia, as pessoas foram orientadas ficar em casa e só procurar unidades de saúde em caso de falta de ar.

"Agora, as pessoas estão com a orientação de ir para a urgência em caso de qualquer sintoma respiratório. As unidades da rede particular estão recebendo mais gente nas emergências", declarou.

Sobre possíveis motivações para essa maior incidência de pessoas com algum sintoma em busca de hospitais, George apontou algumas questões.

"As pessoas estão se aglomerando.Teve feriado e convenções partidárias. Também houve politização da doença, como está acontecendo agora com a vacina", disse.

Governo

Por meio de nota, o governo fez um balanço da reunião com os representantes dos hospitais. O estado apontou que a taxa global de ocupação da rede pública atual é de 59%, “mantendo uma tendência de estabilidade desde o pico da pandemia”.

Ainda de acordo como estado, o Sindhospe informou que os serviços particulares “estão operando dentro da normalidade, inclusive com desmobilização de leitos para o novo coronavírus e a retomada da assistência das outras patologias que ficaram reprimidas no período mais crítico do isolamento social”.

Segundo a nota do estado, o sindicato afirmou que, “diferentemente do que vem circulando em mensagens nas mídias sociais, não houve superlotação dos leitos hospitalares”.

Na reunião, o secretário estadual de Saúde, André Longo, disse que solicitou ao Sindhospe para que as unidades particulares mantenham a Central de Regulação do Estado atualizada sobre as vagas disponibilizadas para os casos suspeitos e confirmados e as respectivas taxas de ocupação.

"Nessa reunião, ficou muito claro que não há nenhum tipo de superlotação nessas unidades privadas. Alguns desses hospitais relataram uma procura maior de casos leves, que nem sempre têm relação com a Covid-19 e nem sempre geram internamento. Não houve um crescimento significativo nas taxas de ocupação nem na rede pública nem também na rede privada", afirmou André Longo.

O governo afirmou, ainda, que a "possibilidade de aumento nas internações" pode ter relação com o feriadão de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro.

"A gente reforça a necessidade do cuidado, porque uma coisa que se cogitou, nessa reunião, é a possibilidade de que esse aumento na procura de casos leves tenha relação com o feriadão do dia 12 de outubro, onde as pessoas se expuseram mais. É preciso, então, reforçar as medidas sanitárias, buscar o cuidado sempre que for sair de casa", declarou Longo

Evolução

Nesta terça, o governo de Pernambuco informou que, diante das as análises epidemiológicas das últimas semanas, foi observado “um leve aumento de 1,1% nas suspeitas de casos leves, nos últimos 15 dias”.

Em relação aos casos graves, a Secretaria de Saúde informou que houve “quedas sucessivas nas ocorrências, como também dos óbitos”.

O estado disse que, diante desse quadro, mais de 1,5 mil leitos foram desativados. Segundo a secretaria, a rede de saúde “continua com capacidade de mobilização para, se necessário, retomar leitos para assistência à Covid-19.

Fonte: G1 PE

 

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