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26/01/2018 às 14h32m - Atualizado em 26/01/2018 às 19h02m

Polícia Civil investiga venda ilegal de motos em Campina Grande

O fato que está sendo investigado tem como alvo terceirizados da área de segurança que estariam retirando as motos do local para vender por valores que iam de R$ 500 a R$ 700.

cinquentinhas

Motocicletas foram furtadas do pátio da 1ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), em Campina Grande, e o número pode chegar a 500 veículos. O fato está sendo investigado pela Polícia Civil e tem como alvo terceirizados da área de segurança que estariam retirando as motos do local para vender por valores que iam de R$ 500 a R$ 700. A 1ª Ciretran afirma que não tem como fazer o controle de entrada e saída, mas que tomou providências para dificultar a ação criminosa. Quem foi vítima de algum dos furtos precisará acionar a Justiça.

A Operação Custodiam cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão nos bairros de Santa Cruz e Bodocongó. Vamberto de Melo, 35 anos, foi preso, enquanto Carlos Antonio Paulino dos Santos, 29 anos, foi indiciado. Ambos eram vigilantes e não estão mais entre os funcionários.

As ocorrências teriam acontecido nos anos de 2015 e 2016, mas só agora foram descobertos. De acordo com o delegado de Roubos e Furtos, Cristiano Santana, as investigações estão acontecendo há oito meses.“A gente observou que vítimas compareceram a delegacia informando que tiveram em determinada situação seu veículo apreendido em razão de irregularidades administrativas e recolhido ao pátio da Ciretran. A pessoa fez os devidos pagamentos das taxas e encargos e, após regularizar o seu veículo, quando se dirigiu ao pátio para reaver simplesmente o veículo não foi encontrado, não constava mais no sistema de trânsito”, detalhou.

O delegado afirmou que foram constatados vários casos. O receptador, não identificado pela polícia, foi ouvido em depoimento e contou como funcionava todo o sistema, que acontecia também durante o dia.  “Temos depoimentos de pessoa que confirma que foi até o vigilante e disse que queria a moto em um modelo determinado e houve um balcão de negócios. Acertaram um preço por essa moto e a pessoa recebeu o veículo acertado”, disse odelegado. A pessoa sabia que estava comprando um veículo de forma ilegal.

Além da venda, a PC descobriu que várias motos também foram depenadas pelos funcionários para que as peças pudessem ser vendidas separadamente. Por este motivo, oficinas da cidade estão sendo investigadas.

A polícia não sabe quanto tempo durou a prática criminosa e quantos veículos foram furtados ao todo. Além dos terceirizados, não está descartada a participação de servidores.

O diretor da 1ª Ciretran, Fábio Thoma, disse que todos os veículos apreendidos são cadastrados no momento que entram. Mesmo assim, não tem como fazer o controle do trânsito de veículos no local.

 

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