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11/10/2015 às 13h08m

Os passos de Jarbas Vasconcelos rumo à presidência da Câmara Federal

Deputado pernambucano vem conversando com vários partidos para viabilizar seu nome à presidência da Casa.

A cada novo fato revelado sobre possíveis contas secretas de Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que supostamente esconderiam o dinheiro recebido por ele no esquema de corrupção da Petrobras, o cerco se fecha e aumenta a pressão pela sua queda da presidência da Câmara Federal. Acompanhando atentamente esse enfraquecimento diário, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB/PE) acelera as movimentações para viabilizar seu nome já pensando em uma disputa antecipada ao posto.

Há duas semanas, o pernambucano andou sondando o PSDB e o DEM. Nos últimos dias, o alvo passou a ser a bancada do PSB, que enxerga o nome dele com simpatia, conforme afirma um parlamentar socialista que prefere guardar reserva. “Tudo ainda é muito informal, porque está tudo muito embaralhado e é difícil saber quando isso se dará e em que condições. Até porque, quanto mais tempo demorar, mais nomes surgirão”, disse.

Atualmente, além de Jarbas, o nome mais comentado de maneira aberta é do líder do PMDB na Casa, Leonardo Picciani (RJ), que, nas últimas semanas, distanciou-se de Cunha, de quem era um aliado fiel, e se aproximou do Palácio do Planalto. Com menos holofotes, também é mencionado o deputado federal Lúcio Vieira Lima (BA), que disputou contra Picciani a liderança da sigla na Câmara, perdendo por apenas um voto. Ambos têm posições mais governistas e, portanto, mais chances de se viabilizarem na visão do mesmo socialista. Vieira Lima, porém, saíria na frente por ser irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, muito ligado ao vice-presidente, Michel Temer (PMDB).

Na avaliação do deputado Silvio Costa (PSC), para se tornar viável, um candidato à sucessão de Cunha teria que sair da base governista, mas não ser do PT. Esse perfil, porém, não bate com o de Jarbas. Apesar de ser do PMDB, ele mantém um discurso bastante crítico em relação ao governo Dilma. “Jarbas não tem o apoio do PMDB, ele teria que ser um candidato avulso. Seria um candidato de oposição, mas as chances dele ganhar como candidato de oposição são pequenas”.

Outro parlamentar, este do PSDB, nega que o partido tenha avançado em conversas com o peemedebista pernambucano. “Lançar o nome dele seria quase como lançar um nome do PSDB, porque nunca seria um nome de consenso, mas um nome de confronto”, afirmou o tucano.

Avulso
Mesmo de maneira avulsa, para se viabilizar na disputa, Jarbas Vasconcelos teria que formar um mínimo de consenso dentro da ala do PMDB que faz oposição a Dilma. “O PMDB é um partido complicado e Jarbas tem um trabalho grande para garantir o nome. Ele é uma voz isolada dentro do partido. Na Casa, é respeitado, mas não é de ficar circulando, não é popular”, destacou uma das lideranças da bancada de Pernambuco, acrescentando que, pela postura combativa, Jarbas se torna “mais um candidato da Câmara para fora do que da Câmara para dentro”, no sentido de contabilização de votos.

Jarbas Vasconcelos não fala sobre candidatura e mantém as conversas com os partidos e lideranças no nível informal, por avaliar que todo movimento brusco pode ser encarado como conspiração diante das críticas que tem feito contra Eduardo Cunha. A última delas formalizada na assinatura de um documento que pedia a saída do presidente do comando do Legislativo por quebra de decoro semana passada. O presidente da Câmara teria mentido ao negar possuir contas com dinheiro público desviado da Petrobras na Suíça. Enquanto isso, Cunha continua tentando dar sinais de que sua influência política permanece intacta na Casa.


As informações são do Diario de Pernambuco

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