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29/04/2015 às 10h12m - Atualizado em 29/04/2015 às 10h19m

Comunidade acadêmica elege novo reitor da UFPE na quarta-feira

Votação acontece nos três campi da universidade, das 9h às 21h. Cinco chapas disputam os votos dos 43 mil alunos, docentes e técnicos.

Comunidade da Universidade Federal de Pernambuco vai às urnas

Estudantes, professores e técnicos administrativos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) elegem na quarta-feira (29) o reitor que vai comandar a instituição nos próximos quatro anos. Mais de 43 mil membros da comunidade acadêmica estão aptos a votar em uma das cinco chapas inscritas no pleito. Os votos serão computados em urnas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), das 9h às 21h, nos três campi da UFPE - Recife, Caruaru e Vitória de Santo Antão.

Serão 86 urnas distribuídas nos 13 centros da instituição, além da Biblioteca Central, do Hospital das Clínicas e da reitoria do campus Recife. O Núcleo de Televisão e Rádios Universitárias, localizado no bairro de Santo Amaro, na área central da capital pernambucana, também será ponto de votação. Segundo a universidade, haverá urnas específicas para estudantes, docentes e técnicos, mas professores substitutos, servidores à disposição da universidade e terceirizados não fazem parte do colégio eleitoral.

A orientação geral é de que alunos, docentes e técnicos em efetivo exercício votem nos centros acadêmicos a que são vinculados. Mesmo assim, a lista completa das pessoas aptas a participar do pleito e seus respectivos locais de votação está disponível no hotsite das Eleições 2015. De acordo com a UFPE, são 43.636 eleitores; sendo 2.404 professores do ensino superior e do Colégio de Aplicação; 4.342 técnicos administrativos do quadro permanente; e 36.890 alunos dos cursos de graduação (presencial e à distância), pós-graduação e programas de residência. Todos precisam apresentar um documento original com foto no momento da votação.

O resultado do pleito deve começar a ser contabilizado logo após o encerramento da eleição, às 21h. Os votos de docentes, professores e técnicos serão agrupados para que cada segmento represente um terço da votação. O novo reitor será eleito caso atinja a maioria dos votos válidos. Caso isso não aconteça, será realizado um segundo turno no dia 13 de maio com a participação dos dois candidatos mais votados. Nesta consulta, será considerado vencedor o candidato que obtiver o maior número de votos válidos.

Veja as cinco chapas que concorrem à reitoria da UFPE no quadriênio 2015/2019:

CHAPA 52: Universidade Pública em Movimento
Reitor: Daniel Álvares Rodrigues
Vice-Reitora: Bianca Arruda Manchester de Queiroga

Daniel Rodrigues é o atual diretor do Centro de Educação do Campus Recife e professor do Departamento de Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação da UFPE. Já Bianca Queiroga é professora do Departamento de Fonoaudiologia e do Programa de Pós Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente do Centro de Ciências da Saúde. Ela também é presidente Conselho Federal de Fonoaudiologia.

O programa de governo da chapa se baseia em três eixos prioritários: uma universidade republicana, democrática e social. Republicana no sentido de se apoiar na pluralidade de opiniões, através do respeito aos movimentos da sociedade civil e da produção de conhecimento baseada nas necessidades da sociedade que lhe rodeia. Democrática por ampliar o acesso e a permanência à universidade e por levar o debate de gestão a todos os segmentos da comunidade acadêmica. Para isso, a chapa defende a criação de conselhos deliberativos com a participação paritária dos três segmentos da comunidade - estudantes, docentes e técnicos. Daniel e Bianca ainda pedem um conselho paritário para a superintendência do Hospital das Clínicas, com o consequente rompimento de contrato com a Ebserh, para, assim, “recobrar o caráter público do hospital”. E social por construir-se em sintonia com as demandas da sociedade civil.

CHAPA 55: A UFPE que Queremos
Reitor: Diogo Ardailon Simões
Vice-Reitora: Zélia Granja Porto

Engenheiro químico pela Universidade de São Paulo, Diogo Simões entrou na UFPE em 1996 como professor adjunto concursado do Departamento de Bioquímica. No estado, também foi diretor presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia (Facepe). Zélia Porto também é professora concursada e leciona na UFPE há 23 anos no Departamento de Educação. Já foi coordenadora do curso de Pedagogia e vice-chefe do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino.

A chapa afirma que a universidade enfrenta problemas de infraestrutura, burocratização excessiva e um ambiente de gestão acomodado. Por isso, defende a participação e a cobrança permanente da comunidade acadêmica através de um modelo integrado de gestão administrativa e acadêmica e um fórum de gestão compartilhada entre a administração superior e os conselhos departamentais, além da ampliação da participação estudantil nos órgãos colegiados e da sociedade civil no conselho universitário. Quando se trata do Hospital das Clínicas (HC), os candidatos afirmam “apoiar o processo de restruturação e revitalização do hospital e sua integração ao SUS”, junto com a revitalização da sua capacidade de ensino, pesquisa e extensão e de assistência à saúde. Os candidatos ainda apoiam a reforma curricular dos cursos superiores, ampliando técnicas alternativas de ensino, oportunidades de intercâmbio e atividades empreendedoras.

CHAPA 56: Avançar e Inovar Mais
Reitor: Anísio Brasileiro de Freitas Dourado
Vice-Reitora: Florisbela de Arruda Câmara e Siqueira Campos

Anísio Brasileiro é o atual reitor da UFPE, ao lado do vice-reitor Silvio Romero Marques. Agora, concorre à reeleição com a diretora do Centro Acadêmico de Vitória (CAV), Florisbela Campos, como vice. Brasileiro é professor do curso de Engenharia Civil desde 1978 e já ocupou os cargos de Pró-reitor de Extensão, Pró-reitor para Assuntos de Pesquisa e de Pós-graduação. Já Florisbela foi coordenadora da graduação e chefe do Departamento de Nutrição do Campus Recife antes de coordenar a criação do CAV.

Na carta de candidatura, Anísio Brasileiro exalta feitos da sua gestão como a requalificação dos espaços públicos, a interiorização e a consolidação da universidade entre as melhores do país. Mas admite que é preciso “inovar mais” na qualificação e integração da instituição com a sociedade. Para isso, defende a criação de uma agenda de diálogo entre a gestão e a comunidade acadêmica; a ampliação da participação social na programação da TV e da rádio universitária; e o fortalecimento dos campi do interior. Anísio Brasileiro e Florisbela Campos também prometem modernizar o ensino, apoiar as empresas juniores e melhorar a infraestrutura dos campi com a revitalização de calçadas, ampliação das ciclovias e implantação de serviços como bancos e farmácias, além de restaurantes universitários nas unidades do interior. Sobre o Hospital das Clínicas, o programa de gestão afirma que é preciso fortalecer o projeto estratégico de gestão integrado aos departamentos da universidade, sem deixar de fortalecer o caráter público do hospital.

CHAPA 57: (RE) Pensar a UFPE com Maria José
Reitor: Maria José de Matos Luna
Vice-Reitor: Marcos José Vieira de Melo

Maria José Luna é professora de letras, vice-coordenadora do Programa de Pós Graduação em Direitos Humanos e presidente da Comissão de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara da UFPE. Doutora em linguística, já foi coordenadora da área de Língua Portuguesa e coordenadora administrativa do Centro de Artes e Comunicação (CAC). Já Marcos Vieira é professor adjunto de Engenharia Civil.

A chapa afirma que é preciso democratizar e descentralizar a gestão da universidade, além de otimizar os recursos disponíveis. Por isso, faz propostas pensando em nove eixos distintos: autonomia e democracia, através do diálogo e da representação da comunidade acadêmica nos órgãos deliberativos e do fim da reeleição dos reitores; expansão e inclusão, por meio da ampliação dos cursos de idiomas e especialização para os técnicos, descentralização do restaurante universitário, equiparação das bolsas estudantis e revisão do plano desenvolvido pela Ebserh para o Hospital das Clínicas; interdisciplinaridade, pluralidade e universalidade, por meio de intercâmbios nacionais e internacionais; produção e qualificação, com a busca da excelência dos cursos, formação permanente dos professores e produção científica voltada para a sociedade; política e cultura, fortalecendo a produção universitária; governança, controle e avaliação, através da descentralização e racionalização da gestão; comunicação, tecnologia e informação, com a modernização da infraestrutura do campus e da revisão da rádio e da TV universitária.

CHAPA 58: Somos Todos UFPE
Reitor: Edilson Fernandes de Souza
Vice-Reitora: Luciana Cramer

Edilson Fernandes é graduado em Educação Física e pós-doutorado em Sociologia. Atualmente, é professor de Pós-Graduação do Centro de Ciências da Saúde, produtor e apresentador do programa Cabeça de Área, da TV Universitária da UFPE, e membro da Associação Nacional de Política e Administração da Educação. Já foi pró-reitor de Extensão e ex-diretor do Núcleo de Educação Física e Desportos da universidade, além de consultor da Secretaria de Esporte do Governo de Pernambuco. Já Luciana Cramer é Doutora e Mestre em Administração e atua como professora do Centro Acadêmico do Agreste (CAA).

A chapa afirma que falta planejamento na atual gestão da UFPE, que, por isso, convive com muitos problemas de infraestrutura. Para resolver esta questão, os candidatos defendem uma gestão pautada no planejamento de curto, médio e longo prazo que respeite o orçamento disponível, a autonomia universitária e a eficiência do serviço público. Nas propostas, também estão a descentralização da gestão, com mais autonomia dos centros acadêmicos, e a maior participação de técnicos e estudantes no conselho universitário, que só consideraria os votos dos membros eleitos. Já os centros do interior seriam elevados a campi acadêmico para ganhar autonomia administrativo-financeira. Os campi ainda ganhariam um centro de convivência com serviços como correios, bancos e restaurantes, além de núcleos integrados de segurança. O entorno também seria beneficiado com a recuperação das calçadas. Sobre o Hospital das Clínicas, a chapa é a favor do rompimento do contrato com a Ebserh.


As informações são do G1PE

Foto: Vanessa Bahé/G1

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