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26/05/2017 às 08h25m - Atualizado em 26/05/2017 às 08h36m

Em Goiana, Polícia Militar descobre grande furto na fábrica da Fiat

kits de ignição, câmeras de ré e conjunto de parafuso de roda antifurto. Peças avaliadas em R$ 148 mil eram vendidas a preços bem abaixo do mercado na internet.

 

A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) apreendeu, na tarde desta quinta-feira (25), peças furtadas da fábrica da Fiat, localizada em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Segundo a PM, um ex-funcionário da fábrica vendia itens fabricados na Fiat com valores bem abaixo do mercado e estava com um total de peças avaliado em R$ 148 mil. O suspeito foi preso em flagrante após monitoramento em sites de venda.

Davi José de Sena, 28 anos, foi flagrado com peças furtadas da Fiat por volta das 16h desta quinta-feira (25), em uma rua de Abreu e Lima, município vizinho a Goiana. Com ele, a polícia encontrou kits de ignição, câmeras de ré e conjunto de parafuso de roda antifurto.

Alguns itens eram comercializados por valores equivalentes a menos de 15% do preço praticado no mercado, como os kits de ignição do Jeep Renegade e do Fiat Toro, que custam R$ 14,4 mil e o ex-funcionário comercializava por R$ 2 mil.

Já as câmeras de ré do Toro, que custam R$ 1,2 mil, ele cobrava entre R$ 200 e R$ 300, enquanto o conjunto de roda antifurto, cujo preço é R$ 1,6 mil, ele vendia por R$ 400. No momento do flagrante, ele estava com oito kits - o restante foi apreendido na casa dele.

A PM começou a investigar o furto depois de a Fiat informar o sumiço de peças na fábrica - segundo a empresa, cada kit furtado era um carro a menos na rua. A partir da denúncia, o Serviço de Inteligência da PM começou a monitorar há quatro meses sites de venda de peças automotivas.

No Mercado Livre, agentes chegaram até o ex-funcionário, marcando um encontro com ele como se fossem compradores. No encontro, essa tarde, foi realizado o flagrante. "Os soldados pediram nota fiscal do produto e ele não apresentou, por isso, somado à suspeita que já tínhamos, nós efetuamos a prisão", explicou o tenente-coronel Marcos Aurélio Ramalho, comandante do 17º Batalhão da PM.

Segundo o comandante, Davi havia deixado de trabalhar na Fiat há cerca de um ano e estaria recebendo as peças furtadas de atuais funcionários da fábrica - a PM, porém, não sabe precisar quantos estão envolvidos no esquema. "Ele não resistiu à prisão e confessou o crime. Agora a Polícia Civil vai trabalhar para descobrir quem são os atravessadores dele dentro da fábrica.", disse o comandante.

O coronel também chamou atenção para quem comprou os itens furtados. "Os compradores podem responder por recepção de material furtado". O suspeito foi levado para a Delegacia de Paulista, município também vizinho a Abreu e Lima, onde ficará até a audiência de custódia. 

O advogado de Davi, Ivanildo Melo, disse que a ocorrência foi um "pseudo-flagrante". "Não está se negando que foi encontrado isso [produtos da Fiat] na casa dele, mas a forma como ele adquiriu essas peças eu não tenho [conhecimento]. Eu sei que ele estava vendendo em site na internet. Primeiro, vou ter conversar com ele para ver toda a circunstância de que foi esse pseudo-flagrante, porque isso não foi flagrante", afirmou.

Produção e exportação
A fábrica da Fiat foi inaugurada em Pernambuco há pouco mais de dois anos, em abril de 2015. Com capacidade de produzir 250 mil veículos por ano, atualmente fabrica os modelos Jeep Renegade e Compass e o Fiat Toro.

Do total lá produzido, 25% já se destinam ao mercado externo, graças às vendas da picape Toro e do SUV Renegade para países como Argentina, Chile, Uruguai e Costa Rica. Nesses dois anos, a Jeep já produziu 220,7 mil unidades e 55 mil desses veículos foram exportados pelo Porto de Suape só no ano passado.

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