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03/03/2021 às 23h24m - Atualizado em 04/03/2021 às 06h43m

Idosa é acusada de racismo após evitar enfermeiro negro em vacinação

O caso aconteceu em um posto de vacinação drive thru em Taquaritinga, São Paulo. A assessoria de imprensa da Prefeitura confirmou o ato.

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Familiares de uma idosa de Taquaritinga, no interior de São Paulo, se recusaram a permitir a vacinação por um enfermeiro negro durante campanha de imunização contra a Covid-19. O caso aconteceu na última terça-feira (02), em um posto de vacinação drive thru do Ginásio de Esportes Antônio Dambrósio.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Taquaritinga confirmou o ato e explicou como teria ocorrido o racismo. “Ele se aproximou do carro pra vacinação e a filha que falou: ‘não se aproxime da minha mãe’. Ele pegou os documentos para fazer as anotações, entregou para outro profissional e voltou ao posto de atendimento para o próximo. Ele não percebeu que era um caso de racismo”, contou Andrei Fernandes Amorim, um dos funcionários da assessoria.

De acordo com testemunhas, acredita-se que a filha agiu a pedido da mãe para evitar o trabalho do profissional. A reportagem do UOL apurou que o enfermeiro levou certo tempo para perceber o que havia acontecido e somente depois de algum tempo é que concluiu tratar-se de um caso de racismo.

“Ele comentou com os colegas e todo mundo concordou tratar-se de racismo. O enfermeiro recebeu todo o apoio dos funcionários e da Secretaria de Saúde”, informou a assessoria.

Embora todos tenham afirmado se tratar de um típico caso de racismo, não houve registro de Boletim de Ocorrência porque não houve identificação de quem seria a idosa e a filha. “Por tratar-se de um drive thru, são dezenas de carros que passam por ali, fica difícil identificar”, explicou a assessoria.

Contudo, a prefeitura alegou que está trabalhando na identificação. “Estamos olhando as câmeras de segurança para tentar identificar o veículo e, por tratar-se de uma cidade pequena, creio ser possível descobrir. A partir daí iremos tomar as medidas cabíveis”, concluiu Andrei.

Um funcionário da Secretaria de Saúde, que não quis se identificar, falou ao UOL que o caso abalou o enfermeiro e revoltou outros funcionários, mas que a postura dos chefes teria acalmado a situação porque a vítima teria se sentido protegida. “Ele está se sentindo seguro e bastante querido por todos. É um doce de pessoa e é uma pena que tenha acontecido”.

A Prefeitura de Taquaritinga vai investigar o episódio e deverá soltar nota oficial apenas depois que tiver maiores detalhes sobre o ocorrido.

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